ESTRADA DE FERRO NO RN - CURIOSIDADES, pequisa do poeta EMMANOEL IOHANAN


• A primeira estrada de ferro do Rio Grande do Norte foi reivindicada pelos senhores de engenho em 1870. A Lei Provincial N°: 630, autorizou a construção no Vale Açucareiro, mas o contrato foi assinado dois anos depois. No ano de 1873, a província concedeu o direito à construção de outra Estrada de Ferro, que partiria da capital para a zona agreste do Estado. A ferrovia foi iniciada em outubro de 1878, em local até então conhecido como NAU DE REFOLES. No dia 28 de setembro de 1881, o primeiro trecho ligando Natal a São José do Mipibu foi inaugurado. O segundo trecho, que uniu São José do Mipibu a Lagoa de Montanhas, foi terminado em 31 de outubro do ano seguinte.

• A empresa inglesa THE GREAT WESTERN OF BRAZIL RAILWAY COMPANY arrendou várias estradas de ferro no Brasil, entre elas a ferrovia Natal / Nova Cruz. Com a seca de 1904, a República autorizou o início da construção da estrada de ferro Natal / Ceará Mirim, como frente de trabalho para os retirantes da seca. Em junho do mesmo ano, chegou à cidade a primeira locomotiva que veio servir essa linha férrea.

• Em agosto de 1939, a GREAT WESTERN, foi encampada pela Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte. A estrada passou a se chamar “ESTRADA DE FERRO SAMPAIO CORREIA”.

• A primeira locomotiva a aportar no Rio Grande do norte, foi a LOCOMOTIVA “CATITA N° 03”, uma máquina a vapor fabricada pelos ingleses no ano de 1902. A locomotiva foi adquirida pela Estrada de Ferro do Rio Grande do Norte em 1906, e foi a única das vinte e seis locomotivas que não foi levada ao ferro velho, graças à sensibilidade e eficiência do chefe das oficinas de carros e vagões, o Sr. Manoel Tomé de Souza. Ele fez uma proposta ao encarregado de transportar as locomotivas que virariam sucatas, para em troca da CATITA dar doze toneladas de ferro e esta, ficaria como lembrança em Natal / RN.

• A LOCOMOTIVA CATITA N° 03, inaugurou a Ponte de Ferro de Igapó, em 20 de abril de 1916, às 10 horas da manhã, puxando vagões que transportaram o Governador Joaquim Ferreira Chaves e seu Vice Henrique Castriciano, entre outras autoridades e convidados.

• Em 26 de setembro, às 17 horas, a CATITA fez a viagem inaugural da Ponte Presidente Costa e Silva, a primeira de concreto, puxando vagões e levando o então Governador Walfredo Gurgel, autoridades e convidados.

• Em 1975, a LOCOMOTIVA CATITA N° 03 e seu reboque foram levados para a cidade do Recife em Pernambuco, para ornamentar o recém-construído prédio da RFFSA – PE, sendo posteriormente transferida para o Museu do Trem daquela cidade, após 69 anos de serviços prestados ao Rio Grande do Norte.
 
FONTE: http://janiasouzaspvarncultural.blogspot.com.br/2008/05/estrada-de-ferro-no-rn-curiosidades.html

Comentários

  1. Poeta:
    Belo trabalho histórico sobre a ferrovia do Rio Grande do Norte, conhecido com uma das "Esquinas do Brasil e da América do Sul". Pena, como está acontecendo em todo o Nordeste, depois da privatização da RFFSA e adquirida a concessão pela Companhia Ferroviária do Nordeste, hoje Transnordestina Logística S.A. (TLSA), em 31/12/1997, começou um processo de desmonte de nossas malhas ferroviárias, daí em todos os Estados da Região o abandono é total: são estações em ruína ou ocupadas ilegalmente, os trilhos em diversas localidades coberto de mato ou arrancados e no leito da via férrea surgem construções de terceiros, vagões de cargas e de passageiros bem como locomotivas sucateados e transformados em verdadeiros cemitérios de ferro velho. Uma vergonha...E uma voz sequer se levanta em defesa desse patrimônio que como nos mostra a história, sempre foi o ícone do desenvolvimento e progresso deste imenso Brasil, abrindo fronteiras e conduzindo suas riquezas, sua gente, suas realidades e seus sonhos!!!
    Jeová Barboza - Timbaúba (PE)

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  2. O Diário Oficial de 5 de julho de 1925 informa nas páginas 14059-14060 o contrato com Soares de Sampaio & Comp., representantes da SA de Travaux Dyle & Bacalan - http://belgianclub.com.br/pt-br/creator/societ%C3%A9-anonyme-des-travaux-dyle-et-bacalan-1879-1928 - para o fornecimento de material rodante destinado a diversas estradas de ferro da União. Entre elas a Estrada de Ferro Central do Rio Grande do Norte. O contrato estipulou: Bitola de 1m00: 1 carro de 2° classe / 3 vagões tanques

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