FILIPE CAMARÃO, UM ÍNDIO INSCRITO NO LIVRO DE HERÓIS DA PÁTRIA
Educado pelos jesuítas, era ele, segundo Frei Manuel Calado, "destro em ler e escrever e com algum princípio de latim"; considerava de suma importância a correção gramatical e a pronúncia do português, "era tão exagerado em suas coisas, que, quando fala com pessoas principais, o fazia por intérprete (posto que falava bem o português) dizendo que fazia isto porque, falando em português, podia cair em algum erro no pronunciar as palavras por ser índio". Seu trato era comedido e "mui cortesão em suas palavras e mui grave e pontual, que se quer mui respeitado".
No contexto das invasões holandesas do Brasil, auxiliou a resistência organizada por Matias de Albuquerque desde 1630, como voluntário para a reconquista de Olinda e do Recife. À frente dos guerreiros de sua tribo organizou ações de guerrilha que se revelaram essenciais para conter o avanço dos invasores da colônia brasileira.
Sempre acompanhado de sua esposa, Clara Camarão, tão combatente quanto ele, destacou-se nas batalhas de São Lourenço (1636), de Porto Calvo (1637) e de Mata Redonda (1638). Nesse último ano participou ainda da defesa de Salvador, atacada pelo holandês Maurício de Nassau.
Distinguiu-se na primeira comandando a ala direita do exército rebelde na Primeira Batalha dos Guararapes (1648), pelo que foi agraciado com a mercê de Dom, o hábito de cavaleiro da Ordem de Cristo, o foro de fidalgo com brasão de armas e o título de Capitão-Mor de Todos os índios do Brasil.
Faleceu no Arraial (novo) do Bom Jesus (Pernambuco), em 24 de agosto de 1648, em consequência de ferimentos sofridos no mês anterior, durante a Batalha dos Guararapes. Após a sua morte foi sucedido no comando dos soldados insurgentes indígenas por seu sobrinho D. Diogo Pinheiro Camarão.
Em 6 de agosto de 2012, a Lei Federal nº 12.701, reconhecendo sua importância na história do Brasil, determinou que o nome de Antônio Filipe Camarão fosse incrito no Livro de Heróis da Pátria (conhecido como "Livro de Aço"), depositado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, que homenageia os heróis nacionais localizado na Praça dos Três Poderes, em Brasília.
FONTE: http://www.facebook.com/photo.php?fbid=362378630547670&set=a.353051334813733.1073741831.352427821542751&type=1&relevant_count=1
maitei parente
ResponderExcluira luta pelo reconhecimento do Herói inicio-se simultaneamente aqui em Natal e em Pernambuco. O Senador Marcos Maciel de lá, estava elaborando o projeto de lei e o general Maurício Melo da Brigada Felipe Camarão recorreu ao alto comando do exercito para tomar a devida providencia e coincidiu aí com o senador...
O General foi movido pelos desfiles cívicos que a escola onde trabalho( Municipal Irmã Arcângela) organizava no dia da morte de Felipe Camarão