ANDRÉ, O RABEQUEIRO DE NATAL
André de Sapato Novo é um belo samba-choro.
André o Rabequeiro tocava o violino dos pobres e não o imagino usando um sapato novo, muito embora tivesse a sua ribalta em frente a uma sapataria no centro de Natal, na estreita rua medieval "Câmara Cascudo". André era o menestrel da rua. Há três anos ele faleceu. Ninguém mais ouve o seu rabecar rouco. Seu olhar vesgo era triste como sua música de repertório composto de clássicos da canção regional nordestina.
Toca aí o “Forró do Pé Rapado”, André.
Ele que era um dos poucos remanescentes daqueles grandes artistas populares que fazem parte da alma inconsútil das cidades.
Quando alguém importante visitava Natal, André era apresentado como parte do folclore da cidade. Foi assim quando de uma visita do Paulo Moura a Natal. Apresentado a André, ficou emocionado com a sua música. Retirou todo o dinheiro que tinha no bolso e entregou ao pobre músico André. André cospe. André olha de esguelha, sempre desconfiado deles que não pagam.
Nascido em Santo Antonio do Salto da Onça – no Rio Grande do Norte, André morava numa casinha humilde de Mãe Luíza. Comia quando dava. Tocava sempre para alegrar os transeuntes apressados que compravam mais um sapato. Tudo nele era roto: o case da rabeca, a roupa, o sapato...
André se despediu de décadas tocando para Natal. Eu o conhecia desde muito em feiras, ruas e festas. A Cidade Alta ficou mais triste. Ainda ouço André tocar, mas não sei se quero ir na cidade comprar sapato.
Adeus, meu querido André. Você que bordou e pespontou as bordas de uma cidade vestida do som de sua bela e triste Rabeca.
Copiado do do perfil do Facebook de http://www.facebook.com/photo.php?fbid=372925536156992&set=a.360178974098315.1073741825.100003186454769&type=1&ref=nf
damata
André o Rabequeiro tocava o violino dos pobres e não o imagino usando um sapato novo, muito embora tivesse a sua ribalta em frente a uma sapataria no centro de Natal, na estreita rua medieval "Câmara Cascudo". André era o menestrel da rua. Há três anos ele faleceu. Ninguém mais ouve o seu rabecar rouco. Seu olhar vesgo era triste como sua música de repertório composto de clássicos da canção regional nordestina.
Toca aí o “Forró do Pé Rapado”, André.
Ele que era um dos poucos remanescentes daqueles grandes artistas populares que fazem parte da alma inconsútil das cidades.
Quando alguém importante visitava Natal, André era apresentado como parte do folclore da cidade. Foi assim quando de uma visita do Paulo Moura a Natal. Apresentado a André, ficou emocionado com a sua música. Retirou todo o dinheiro que tinha no bolso e entregou ao pobre músico André. André cospe. André olha de esguelha, sempre desconfiado deles que não pagam.
Nascido em Santo Antonio do Salto da Onça – no Rio Grande do Norte, André morava numa casinha humilde de Mãe Luíza. Comia quando dava. Tocava sempre para alegrar os transeuntes apressados que compravam mais um sapato. Tudo nele era roto: o case da rabeca, a roupa, o sapato...
André se despediu de décadas tocando para Natal. Eu o conhecia desde muito em feiras, ruas e festas. A Cidade Alta ficou mais triste. Ainda ouço André tocar, mas não sei se quero ir na cidade comprar sapato.
Adeus, meu querido André. Você que bordou e pespontou as bordas de uma cidade vestida do som de sua bela e triste Rabeca.
Copiado do do perfil do Facebook de http://www.facebook.com/photo.php?fbid=372925536156992&set=a.360178974098315.1073741825.100003186454769&type=1&ref=nf
damata
Comentários
Postar um comentário