A história contada pelo Fandango é a mesma de Jorge de Alburquerque (1537-1596)?
Em 1554, enquanto estudava em Portugal, morre seu pai. Em 1560, regressa ao Brasil juntamente com seu irmão primogênito, Duarte Coelho de Albuquerque.
Com o irmão, combate os indígenas e atua na exploração dos rios e das
florestas. Ele próprio explorou uma grande parte do curso do rio São Francisco.
Em 1578, Jorge foi encarregado, no exército do rei D. Sebastião, do comando de uma coluna de cavalaria. Portou-se com valor na batalha de Alcácer-Quibir, defendeu seu rei e quando este, tendo-lhe morrido o cavalo, se achou a pé no meio dos mouros, cedeu-lhe seu próprio cavalo, perdendo as esperanças de salvação. Ferido, foi levado prisioneiro para Fez,
onde sofreu uma dolorosa operação nas pernas, que o deixou aleijado
para sempre. Resgatado no tempo do domínio espanhol, voltou para
Portugal, mais venturoso do que seu irmão que morreu cativo.
Pelo falecimento deste irmão havia herdado a capitania de Pernambuco,
mas isso de nada lhe servia, inválido sem poder defendê-la contra as
agressões dos índios, indigente para sustentá-la e desenvolvê-la. Filipe I,
desejando cativá-lo, esquivo às suas ordens, ofereceu-lhe auxílio para
manter a província. Aceitou-os Jorge de Albuquerque para não desbaratar o
patrimônio de seus filhos, mas sem voltar a Pernambuco, se fez
representar em Olinda por seu filho Duarte, logo que este atingiu idade própria.
Permaneceu em Portugal, escrevendo estudos e algumas memórias sobre
as guerras da exploração do Brasil até sua morte, que ocorreu depois de 1596, provavelmente no início do século XVII.
Tornou-se célebre em primeiro lugar pelas desgraças, entre as quais
avulta principalmente sua desastrosa viagem marítima vindo do Brasil; em
segundo lugar, pelo brio e abnegação na batalha de Alcácer-Quibir,
dando, em época já eivada pelo egoísmo, um exemplo notável de
patriotismo e de coragem.
Segundo Antonio Caetano de Sousa,
em sua «História Genealógica da Casa Real Portuguesa», tomo 13, página
227, casou-se com D. Catarina da Silva, descendente por bastardia do rei
D. Afonso III, e tiveram filhos:
- Duarte de Albuquerque Coelho, que foi batizado com o mesmo nome de seu tio paterno e se tornou senhor de Pernambuco. Casou-se com D. Joana de Castro, a qual morreu em 2 de abril de 1631 deixando uma única filha, D. Maria Margarida de Castro e Albuquerque, esposa de D. Miguel de Portugal, 6º conde de Vimioso.
- D. Brites, morta em tenra idade.
- Matias de Albuquerque, 1º conde de Alegrete, que foi do Conselho de Estado, Governador das Armas da Província do Alentejo, insigne general. Morto em 9 de junho de 1647, jaz na Trindade e deixou geração de seu casamento com D. Catarina Bárbara de Noronha.
FONTE: Wikipédia.
Comentários
Postar um comentário