PF investiga relato de agente que diz ter incinerado Luiz Maranhão


Polícia Federal abriu investigação para apurar o teor das declarações de Cláudio Guerra que assumiu a morte e destinação final de vários militantes.



A Polícia Federal abriu investigação sobre o paradeiro de supostas vítimas do ex-delegado Cláudio Guerra, que afirma ter matado e incinerado corpos de presos políticos na ditadura militar, incluindo o potiguar Luiz Maranhão.

O ex-policial prestou depoimento a um delegado da PF há cerca de um mês. A presidente Dilma Rousseff e o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, foram informados do relato, que está em sigilo.

O ex-agente da ditadura levou uma equipe da PF a quatro cidades onde diz ter ocultado cadáveres de militantes: Rio, BH, Petrópolis (RJ) e Campos (RJ). Os locais devem ser alvo de escavações.

Em Campos, o grupo vistoriou o forno de uma usina de açúcar onde Guerra diz ter incinerado corpos de vítimas da tortura. Foi nesse forno que ele diz ter convertdo em cinzas o corpo do comunista potiguar Luiz Maranhão.

A visita foi acompanhada pelo advogado Antonio Carlos de Almeida Castro. "Foi muito impactante. Ele mostrou o forno e funcionários mais antigos disseram se lembrar dos militares na usina", disse.

O coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-comandante do DOI-Codi apontado no livro como coautor de assassinatos, disse não conhecer Guerra e ameaçou processá-lo. "Não temos ideia de quem é este cidadão. Ou é louco ou foi comprado.", disse a mulher dele, Joseita. Outros militares também questionaram o ex-delegado.

"Não conheço e nunca vi esse sujeito, vou processá-lo. É um louco, condenado por vários crimes", disse o coronel Juarez de Deus Gomes da Silva, que segundo Guerra participou de reunião em que se decidiu a morte do delegado Sérgio Fleury, um dos principais nomes da repressão.

FONTE:http://www.nominuto.com/noticias/politica/pf-investiga-relato-de-agente-que-diz-ter-incinerado-luiz-maranhao/84527/

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