Juíza decide que Anorc continuará usando parque de exposições no RN
Parque de Exposições Aristófanes Fernandes,
em Parnamirim (Foto: Divulgação/Anorc)
em Parnamirim (Foto: Divulgação/Anorc)
A juíza Marta Suzi Peixoto Paiva Linard, da Vara da Fazenda Pública de
Parnamirim, na Grande Natal, negou nesta terça-feira (19) pedido feito
pelo Ministério Público para que fosse declarada a nulidade do convênio
celebrado entre o Governo do Estado do Rio Grande do Norte e a
Associação Norte-Riograndense de Criadores. Com a decisão, a Anorc
continua podendo fazer uso do Parque de Exposições Aristófanes
Fernandes, que fica em Parnamirim. O local é palco da tradicional Festa do Boi e recentemente foi escolhido como novo endereço do Carnatal, micareta que acontecerá de 5 a 7 de dezembro.
Na liminar, o MP alegou a existência de irregularidades em convênios
celebrados entre o Estado e a associação e argumentou, também, que a
Anorc estaria se utilizando de servidores estaduais e obtendo lucros com
a exploração de um bem público. O MP levou em conta a análise dos
convênios e os livros contábeis da Anorc. O trabalho, segundo o órgão
ministerial, apontou irregularidades na prestação de contas dos recursos
arrecadados pela associação no período de 2006 a 2009.
Contudo, em sua decisão, a magistrada notou que a utilização do parque
tem sido objeto de convênios sucessivamente celebrados desde 1990, o que
descaracteriza a urgência do provimento requerido.
Para a juíza, segundo a assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça, o
MP limitou-se a mencionar que a continuidade da utilização do bem
público por associação particular, em proveito desta, consolidaria no
agravamento “de uma irregularidade há anos perpetrada, agravada pela
importância financeira que reproduz, principalmente diante da possível
negociação do bem público com vistas à realização do Carnatal, no
próximo mês de dezembro”.
Quanto à tal alegação, a juíza constatou que há nos autos cópia de
acordo celebrado entre os réus e a empresa Destaque Propaganda e
Promoções, referente ao uso do bem público mencionado, com
contraprestação pecuniária em favor do Estado do Rio Grande do Norte, o que acaba por enfraquecer a urgência alegada.
O presidente da Anorc, Marcos Aurélio de Sá, explica que em nenhum
momento a associação busca lucros com o uso do parque. "Somos uma
entidade sem fins lucrativos e toda promoção de eventos sob nossa
administração tem as receitas empregadas na conservação, manutenção e
expansão do parque", garante.
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